fui ontem a um dos encontros promovidos pelo sesc/paulista que propõe diálogos entre a obra de Sophie Calle e o acervo do Vídeo Brasil, e a discussão rolou solta...desde o advento da fotografia ( expressão um tanto caduca) estas questões relativas ao poder de uso da imagem se iniciaram, assim como a questão da privacidade, da manutenção dela ou não, na medida que um registro fotográfico é um documento que se acerca de um fato ou indivíduo como comprovação de uma realidade específica, e uma série de questões de interpõem entre o que parece ser o mais simples ato do registro e as usos possíveis posteriores a partir deste registro.
Observações sobre a artista Sophie Calle e seu trabalho A Perseguição, no qual pediu à mãe que contratasse um detetive para seguí-la> o que ficou sobre este trabalho foi que ela nos proporciona o deleite de vê-la em várias tomadas de posição, ao discutir e transitar entre vários papéis, e deslizando entre o sujeito passivo e ativo de uma situação, parece tomar, ao final, o controle da situação, de forma que o detetive passou a ser um instrumento utilizado por ela, na medida em que alguns momentos ela se coloca intencionalmente à disposição dele para que fosse registrada da forma que a ela interessava ser capturada.
Comentei que sua atividade de streap-teaser era de certa forma já o que ela faz constantemente, esse despir-se de identidades já estruturadas e combinadas, para um desvelar-se constante, aberto em muitos sentidos.
A continuar.
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