Monday, November 02, 2009

matisse hoje, são paulo, brasil

finalmente não fui a uma exposição obrigatória. depois de umas boas horas andando pelo bom retiro e arredores para conseguir estacionar, e indo parar em meio a tantos desvios pelo bairro do ipiranga, passando antes pela mooca, bras e indo e voltando pela avenida do estado e sem passar imune pelo trio elétrico na marcha para jesus, o som a toda tremendo o chão, e a gente toda na rua josé paulino e outras pela estação de trem e pelas ruas ao redor da estação de trem, as ruas mauá, aurora e outras que eu não me lembro agora, e percebendo um mapa anônimo e pulsante da cidade sentindo um calorão e querndo me parecer aos shorts e blusas apertadas e o calor de quarenta graus dentro e melhor um pouco fora do carro e as pessoas passeando num passeio de feriado em são paulo atravessando a rua em qualquer lugar, depois de tudo, parecia ser quase impossível se deter numa fila e alí passar umas duas horas subindo uma escadaria que se sobe em menos de um minuto, e o resto do feriado para ver uma exposição por alguns comentadas como duvidosa, e enfim, mesmo que não fosse o melhor do matisse eu iria sim, mas sabia também que já podia ter vindo antes e então em meio a toda a singeleza da paisagem ao redor. e uma menina num farol com a pele tão morena mas de guarda chuva e guarda sol pedindo um troco, o seu rosto lindo, e eu sem saber o que dizer e eu indo ver as odaliscas do matisse, então o que pensei foi em ver melhor esse entorno. e entrar na liberdade de mãos vazias, e os bolsos um pouco cheios e com o pensamento de eu quero me sentir bem hoje e arriscar ir no restaurante que eu quero, e entrar nele e depois de acreditar que comeu o melhor ( desconhecido e nem sequer imaginado horas atrás) lamen da liberdade. e foi assim que depois de andar pelas ruas da liberdade e naquele viaduto de lanternas vermelhas que a gente passa por baixo na vinte e três sempre querendo estar lá em cima, fui com meu filho pela primeira vez conhecer uma liberdade que venho conhecendo aos poucos, uma nova ilusão desmanchando a outra, assim como as fotografias da liberdade por trás da liberdade. o livro de crítica do matisse por trás de matisse, o livro francês da menina que era da cunhada japonesa que de tanto falar francês se casou com um e a arte atravessando a vida, a vida atravessando a vida, e a arte atravessando uma idéia de arte. e eu penso que ainda não sei como ganhar a vida, em como viver essa vida honestamente, vivendo um dos princípios do reiki, no qual sou iniciada. e que eu hoje, entre andanças idas e retornos, percebo uma vida pulsando e a necessidade de ser esse presente. Na mistura de tudo nas ruas, no coreano, no chinês e no japonês, todos brasileiros, e quem sabe talvez seja hoje o ano novo tailandês pra deixar tudo do velho para trás e renovar renovar.

escrever é a pequena parte na qual me sinto fazendo parte.

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