conheço um mestre zen professor de natação que não assiste filmes há anos, não sai da piscina da sua casa para muita coisa, e vive feliz da vida, queimado do sol que toma no teto que se abre sobre a sua piscina.
meditando e dando suas aulas para crianças e adultos e todo o tipo de gente.
encontro paz e alegria por lá.
talvez porque os filmes contando pedaços de vida extendidos em estórias montadas sejam meros espelhamentos de nossa vida mundana.
e olhar para o que vivemos pode ser já o suficiente.
tenho essa mania de polarizar, ou isso ou aquilo.
mas ao contrario, hoje em dia vivo de acúmulos que me entorpecem, isso e aquilo.
na infância, me bastei com uns poucos livros , entre eles o "ou isso ou aquilo" de cecília meirelles, ou a "pipi da meia comprida" da autora sueca que vim a saber muito tempo depois ser muito popular em seu pais.
Lia com intensidade as estórias da coleção Beija Flor que recebia da minha mãe semanalmente como se fossem minhas.
Porque me lembro de cada uma delas até hoje.
e uns poucos brinquedos, com os quais conviví durante anos.
Construindo outras realidades, brincava sozinha.
Como hoje.
Saudades dessa infância tranquila.
Sem expectativas. E do verde da fazenda,
logo alí ao meu alcance.
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