Saturday, November 12, 2011

pedra

um assunto um tema. pedra. de todos os tipos, pequenas, grandes, cascalhos, lisas, redondas, pontiagudas, negras, ocres, brancas, amararelas, cinzentas, pintadas. um trabalho a perseguir na ida e volta dosuper mercado as idéias enquanto vou pensando no que é trabalhar sobre um tema , não se justifique menina, ( entrei no mestrado, agora é precis encontrar um tema), passam por mim três figuras femininas. A menina com uma cabeleira negra, uns tênis alguns números maiores que ela, a bermuda, camisetão, e cara de moleque, o rosto, um rosto delicado e lindo. no farol, enquanto a mãe sai correndo e gritando pra outra filha,e eu penso, não grita não, e depois ela atravessa no meio dos carros, e eu havia gritado também, em casa os dois filhos, e eu saio de casa depois disso, com uma combinação meio estranha, a blusa bata de grávida, a calça de agasalho preta com a risca manchada de uma tinta rosa que não sai, os chinelos amarelos havaianas e o agasalho preto. tudo descombinado de um jeito combinado, sou como aquela outra menina ou as duas ou a mãe que grita, sem dentes, suja, sem banho, sem nada mais a fazer se não se agarrar aos filho mas exasperada de sí mesma, bom, e não sei de nada. mas eu digo, tudo o que a gente precisa é amar, não grita não,eu também grito, mas não grita não, e eu acho piegas, mas eu quero isso, porque eu só quero gritar, e ouví outro dia que a gente grita quando o coração do outro não escuta, por isso a gente fala mais alto pra se fazer ouvir. e eu caio da pieguice pra amorosidade pra raiva de volta raiva raiva. sinal que há falta de escuta. e eu grito. as meninas se chamam vitória e esquecí o segundo nome, a chamo de valentina, ela usava um vestido azul turqueza franzido por cima da roupa, sandálias altas, a mãe tudo o que me lembro é que ela tinha uma pele queimada, o cansaço aparente no rosto, nos cabelos, tudo sem forma. a empregada que sai fora, saia então vá com deus, não será a primeira a ir, esse é o desespero, quando se levanta do mais fundo e se vai de novo, porque não mais nada a fazer, a não ser continuar.

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