Sunday, August 14, 2011

sobre o verde

você tinha razão, faltava mesmo um pouco para a lua ficar redonda, perfeita. ligeiramente ovalada numa lateral, faltante perante a idéia do círculo completo, a lua ainda não cheia se faz crescendo nesse amparo pela idéia da completude que temos, como crescentes são as esperanças nessas noites de intenso luar, de luz estranha,as suas palavras . Como a luz sob os cães amarelados, a latirem em uníssono, mãe e filhotes, a olharem para a janela enquanto dois estranhos observadores os olham. de certa forma compunham o cenário com uma beleza tão infinitamente pura e longe de toda experiência humana e port isso desconcertava a nós enquanto que a eles, cães, seres de pura experiência, era a nossa presença a nota incômoda, denunciada pelos seus latidos e paradas em nossa direção. dessa maneira nos comunicamos. sabemos nós daquela pureza e nos sentimos um tanto desnudos com a afirmaçao posta por eles, quem são vocês e o que pretendem, afinal.
resposta que preferimos silenciar, em chios, murmúrios, algo próximo do não sabemos, ou não queremos saber, ainda.

mas eu iria falar das matas e dos verdes e da névoa se adensando em algum lugar distante. volto sob esse mesmo luar, percorro ruas e o que encontro são as mesmas árvores e o luar das tuas florestas exuberantes imaginadas. convidada a adentrar por estes espaços luminosos e ao mesmo tempo misteriosos, passo a ver o mundo através destas paisagens reconstruídas ( imaginando os jardins botânicos europeus que não percorri ou os olhares distantes que não são meus), como se a visão se ampliasse a partir desse imaginário e das cores profundas, sempre matizes de algum verde que supomos existir, permeados por frestas de luzes brancas ou azuladas, a depender de fatores como distância, calor ou umidade, essesbdas matas tropicais que habito e que sinto na pele ainda úmida, lembrança da presença escura efria das matas da infância . estou num lugar sem direções, como eram as matas que adentrava procurando um, lugar que não havia em lgra algum. e imagino viajantes adentrando por matas desconhecidas, fazendo sobrar no imaginário o temor daquilo que não conhecem, porque é justo a visão desse mesmo real, o aterrorizante. E a partir destas partir vivências em matas soberanas e atlânticas, descomunais, amplas paisagens foram inventadas, memórias retomadas, nas quais ruínas de civilizações distantes e patrimônios de nossa humanidade aparecem em lugares remotos e esquecidos.

, e não seria assim, me pergunto, que penetramos nos mistérios do mundo?

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