Tuesday, November 22, 2011

os dois lados

meu lado direito dói. mesmo que eu conviva com a esquerda.

vim pra casa fazer o arroz branco. no dia que a empregada preta vem.

quero sair fora e cair fora. e aqui dentro, continuo, sem ir embora.

lá fora na noite escura, tudo era claro.

hoje, manhã clara, no apartamento branco, não vejo muito.

meu peito aperta tanto que acho que vou morrer,

enquanto meu filho sai para viver.

1 comment:

Júlio said...

Querida Patrícia, seus poemas traduzem os dilemas de viver o turbilhão do mundo em revoada. Sinto saudades das aulas de espanhol. Beijos e feliz 2012. Júlio César Suzuki