Saturday, November 19, 2011

uma vez mais

e então é preciso dizer que as situações estão se repetindo. precisamente. os dois caras, eu numa possessinha maluca, eu sumindo, saindo fora, depois sentindo a ausência, onde foram eles todos? não, fui eu, pensando bem, que saí, eu que saio subitamente da companhia das pessoas como se "eu" não existisse para eles para mim, e isso não é culpa, é fato, e eu me canso dele, principalmente quando depois me vejo só como um cão a olhar para os "outros". e quem são eles, e este garoto, claro, com seus 23 anos e uma série de experiências a viver, e eu que não cheiro, não fumo, e não bebo, mas penso e penso, eu brinco pegando a carona, entrando na corda, mas sem muito acreditar (e isso é um problema a resolver, ou é ou não é, não na vida dele, mas na minha, porque tenho outras crenças, e então, é preciso que elas aconteçam) e enquanto isso vem a voz julgando tudo isso ( o cara, qual foi a última balada que você foi, como se fosse, sim, como se fosse, e eu respondo ainda, o que mais me irrita) até que ela me esgota e quero deixar todo o pensar pra lá, até que não me encontro mais, e entro num táxi e em casa num banho quente onde a voz sai e a água escorrendo e eu fico horas sem querer mais saber de nada, de você, dele, dos outros, de mim, do que perdí, do que vivi, do que não viví, e a voz vai soltando todos os cantos que aparecem, e se eu fosse menos chata, e eu sou menos chata, e por aí vai, um monólogo sem fim, e eu não ligando mais, pode vir, pode vir. não estou disposta a esquecer seu rosto...e todas as música de cada época vivida vindo e vindo, e é tudo uma coisa só, tom zé, as lembranças todas, agora não tenho mais tempo, já me acometeu a urgência boba, de querer sair por aí, a ansiiedade louca, de não me conter mais em mim, o ter que sair, mas foi enquanto durou, o beijo ao luar, o espanhol, a surpresa do escritor, e depois a vida, e é por isso que os velhos amam sentar-se e lembrar, eu acho que sim, recordar é também viver.



tudo acontecendo igual, agora, antes eu não me lembro de esquadrar a vida, de contar os minutos eu pulava na piscina de uma vez só, de ca be ça.

a menina. os meninos. a repeticão: modelo familia, a parte que nos cabe. sempre igual.

corro atrás de mim, feito cachorro bo bo.

não fale assim de você, ela diz. ó que a vida tá ino, mesmo assim. mas ela desconfia demais dos outros. o que fazer. desligar.

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